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História da FEB: Batalha de Montese

Continuamos a nossa série histórica sobre a Força Expedicionária Brasileira (FEB), desta vez comemorando o 70o aniversário da Batalha de Montese, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. A FEB foi uma força militar brasileira de aproximadamente 25 mil pessoas que participou, junto com os Aliados, da Campanha na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Eis a história de como a FEB liberou Montese dos fascistas que ocupavam a cidade.


Montese era uma cidade italiana, localizada na província de Modena, cheia de colinas e rios lindos. Durante a Segunda Grande Guerra, as forças nazistas ocupavam a região, que era um obstáculo para a passagem dos Aliados para o vale do Rio Pó. Era a ideia do próprio General Mascarenhas de Morais, comandante brasileiro da FEB, de organizar uma ofensiva, com a intenção de derrotar as tropas alemãs e italianos-fascistas.

Pela primeira vez na guerra, a FEB liderou a ofensiva, sem o apoio das forças americanas. A FEB organizou e utilizou os três regimentos de infantaria, as guarnições da artilharia, o esquadrão de reconhecimento e unidades blindadas de apoio. A peça principal da ofensiva era o 3o Batalhão do 11o Regimento de Infantaria, que avançaria até a Serreto-Paravento-Montelo no centro, com o 1o Batalhão à esquerda e o 2o à direita. Há exatamente 70 anos, no dia 14 de abril de 1945, a FEB atacou os fascistas na cidade de Montese, se estreando em sua primeira batalha urbana moderna.

Às 9h da manhã, começou a primeira fase do plano de conquistar a cidade, com dois pelotões atacando os postos inimigos mais avançados. O primeiro pelotão foi logo atingido pelo fogo intenso do inimigo, e só conseguiu conquistar seus objetivos durante a segunda fase, o ataque principal da cidade. O segundo pelotão passou por um campo minado, e o inimigo respondeu com um fogo tão forte que acabou matando o próprio comandante, Tenente Ary. Esse pelotão não conseguiu atingir seu objetivo.

O ataque principal da cidade iniciou-se às 13h30 no mesmo dia realizado por dois pelotões. Quando o primeiro pelotão abriu fogo, o inimigo respondeu com uma barragem tão forte que cortou o fio telefônico em vários pontos e aumentou a dificuldade de comunicação entre os pelotões. Ele subiu a colina para o topo das elevações de Montese, sem comunicação com o outro pelotão nem com a companhia. Outra barragem forte do inimigo revelou as posições de alguns alemães, o que se revelou uma nova vantagem para os brasileiros. Os alemães tentaram reagir, mas acabaram capturados pelo pelotão brasileiro. 

O segundo pelotão foi atacar o flanco direito e acabou em uma situação favorável aos brasileiros, conseguindo atingir os alemães a uma curta distância. Até a noite do primeiro dia da batalha, os brasileiros conseguiram conquistar os pontos da fronteira da cidade. Mas durante os dias seguintes, os alemães estavam defendendo desesperadamente, destruindo a cidade com barragens de artilharia, causando muitas baixas, e fazendo desta batalha a mais sagrenta que o Brasil já participou desde a Guerra do Paraguai. Os brasileiros continuavam passando pela cidade, conquistando as posições do inimigo e capturando prisioneiros alemães.

Passaram-se um total de três dias de batalha, até que as forças brasileira conseguiram tomar a cidade, com quase 500 baixas e prisioneiros alemães. Os alemães utilizaram o que restava das armas artilharias, disparando 1 800 tiros na cidade de Montese. Das 1 121 casas do burgo na cidade, pelo menos 830 foram destruídas pela artilharia alemã. Das batalhas em que a FEB participou, a Batalha de Montese foi a mais sagrenta da guerra, com o Brasil sofrendo mais de 400 baixas. Esta vitória brasileira, junto com outras vitórias dos Aliados em outras localidades, resultou na vitória total dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. 

A Batalha de Montese ficará sempre na memória dos pracinhas que tomaram a cidade, e também na memória dos italianos que habitavam a área de Montese. Quase 200 civis morreram durante os três dias de batalha, além de que grande parte da cidade foi destruída pelas barragens alemãs. Porém, a cidade foi liberada da ocupação fascista e, como agradecimento aos corajosos pracinhas, homenageou a FEB nomeando uma das suas praças Piazza Brasile.


Esperamos que você esteja gostando da nova série histórica. Por favor, fique à vontade e deixe seus comentários no fórum. Teremos mais publicações desta série no futuro, por isso, fique ligado!

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