Diário dos Desenvolvedores: Veículos Modernos

Obrigada por compartilhar nossas risadas nesse 1º de abril!

É um grande dia, Soldado: o World of Tanks está escalando até ao 11 com um décimo primeiro nível no jogo, apresentando os melhores veículos alguma vez concebidos após as Grandes Guerras. É hora de dar o próximo passo e expandir os horizontes tradicionais do jogo!

Entre os primeiros veículos de nível XI estão o russo T-90, o alemão Leopard 1A5, o americano M1 Abrams e o britânico Challenger 2. Outros serão adicionados no futuro.

 

Nós imaginamos o que você deve estar pensando: “Isso é uma loucura! Isso vai atirar o equilíbrio para as cucuias!” Verdade, a mecânica do jogo terá que sofrer alterações importantes: agora o jogo contará com mísseis, proteção dinâmica e sistemas avançados de busca e bloqueio de alvos. Esses são conceitos inéditos para o World of Tanks que vão requerer uma ponderação minuciosa, e confie em nós, garantimos que tudo será considerado cuidadosamente.

Ainda estamos na fase inicial de desenvolvimento, mas podemos dizer que os veículos modernos mudarão, sem dúvida, a forma como você vê o jogo e adicionarão mais fogo e dinâmica à jogabilidade.


Perfil Histórico do Nível XI
Os Quatro Geniais

Um dos maiores princípios da organização de forças blindadas modernas é a unificação de veículos. Desse princípio advém a ideia de Carro de Combate Principal (MBT). Os MBTs são aptos para uma grande variedade de tarefas, desde combater inimigos a destruir fortificações e esquadrões.

Leopard 1А5 (Alemanha)

A Alemanha do pós-guerra estava armada com os tanques americanos M47 e M48. Contudo, o exército não estava satisfeito com as suas características, então, em 1956, as autoridades alemãs começaram trabalhando num novo tanque universal. Os engenheiros alemães colaboraram com especialistas franceses e italianos, mas devido a requisitos controversos, esse tanque universal “Europeu” nunca chegou a ser construído.

Leopard 1, um novo tanque alemão, entrou em serviço no 1º de Outubro de 1963. Desde a entrada em produção, foram construídos 4 744 carros de combate e 1 741 veículos baseados no Leopard 1.

Foram feitas inúmeras modificações ao tanque. A última foi apresentada em outubro de 1986, quando mais de mil tanques Leopard 1, ainda utilizados pelas Bundeswehr, foram modernizados para Leopard 1A5. A principal alteração foi a montagem de um novo Sistema de Controle de Tiro, EMES 18.

A montagem de um canhão de cano liso de 120mm do Leopard 2 também foi considerada. Mas, no final, essa opção foi descartada porque o exército alemão começou a dispensar o obsoleto Leopard 1 na década de 2000. Os veículos exportados desse tipo, no entanto, ainda são utilizados por todo o mundo, desde a Austrália ao Canadá.

M1 Abrams (E.U.A.)

Em 1962, a Alemanha e os E.U.A começaram um trabalho conjunto de engenharia. Isso faz parte do programa "Main Battle Tank 70”, com o intuito de criar um tanque universal para a OTAN. Os esforços, supostamente, trariam resultados rápidos e baratos, mas estava claro, desde o início, que cada lado tinha requisitos bem diferentes. Os americanos, por exemplo, queriam equipar o tanque com um canhão de 152mm, capaz de lançar mísseis guiados. Os alemães, por ouro lado, queriam um simples canhão de cano liso de 120mm.

O orçamento inicial de 80 milhões de dólares foi quadriplicado em 1970 e o tanque por si só custaria mais de um milhão de dólares. O programa conjunto foi encerrado, e depois de muito esforço e melhoramentos, os americanos conseguiram baixar o custo do futuro tanque a um nível aceitável. Em 1981, um veículo feito pela Chrysler entrou em serviço. O tanque foi designado M1 e recebeu um nome: Abrams.

Os primeiros Abrams produzidos em massa foram equipados com um canhão de 105mm. A partir de 1984, o tanque foi melhorado para sua versão M1A1, com melhor proteção blindada e um canhão German Rheinmetall - o tal que era suposto ser montado nos anos 60. Atualmente, a versão M1A2 é considerada a mais moderna variante e o M1A3 está sendo desenvolvido. A produção do novo Abrams foi cancelada em 2001, com cerca de 11 000 veículos construídos no total.

Challenger 2 (Reino Unido)

O desenvolvimento desse veículo começou como parte de um programa conjunto chamado "Main Battle Tank 80”. Engenheiros alemães colaboraram com especialistas britânicos da empresa Vickers. Depois do cancelamento do programa, em 1972, os ingleses usaram-no para construir o tanque Shir-2, encomendado por um Xá iraniano.

Depois da revolução iraniana, em 1979, o contrato de fornecimento foi rescindido, deixando a Vickers com sete veículos experimentais do projeto FV 4030. Esses veículos se tornaram, de certa forma, “malas sem alça” - muito pesados para transportar mas demasiado importantes para largar. Por ordem do governo britânico, o trabalho continuou, e o iraniano Shir tornou-se o britânico Challenger 1. A razão para a remodelação do tanque foi a perda dos ingleses no tradicional concurso de tanques “Canadian Army Trophy” da OTAN, em 1987. Por volta de 1994, o trabalho estava completo e o novo tanque continha apenas 5% das componentes do Challenger 1.

O Challenger 2 é um exemplo típico da engenharia britânica. Sua blindagem Chobham é considerada uma das melhores do Ocidente. O que não é considerado dos melhores é o obsoleto canhão estriado de 120mm, capaz de disparar projéteis HESH, assim como o motor Perkins, que não era suficientemente poderoso para um veículo de 60 toneladas.

Т-90 (Federação Russa)

Depois da Segunda Grande Guerra, havia uma séria competição entre os fabricantes de veículos blindados da U.R.S.S. Consequentemente, em meados dos anos 80, o exército soviético tinha três tipos de tanques e uma modificação em serviço. Era uma quebra do requisito sobre a unificação máxima nessa região.

Foi preciso um grande esforço dos engenheiros da Uralvagonzavod (UVZ) para obter permissão para conduzir uma exaustiva modernização do tanque T-72, que foi o veículo de maior produção em massa do exército soviético, embora não fosse perfeito.

Em 1989, começaram as provas do veículo e, em 1992, ele foi adotado pelo exército e designado T-90. Uma das principais alterações foi a instalação de um sistema de controle de tiro complexo, assim como blindagem mais forte e melhoramento de várias outras características. O veículo foi bem recebido pelos clientes, tanto nativos quanto estrangeiros, e cerca de metade dos tanques produzidos foram exportados. O maior cliente era a Índia: em 2013, cerca de 800 veículos T-90 estavam em serviço nesse país.

Por Andrey Ulanov

Fontes
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  • Walter J. Spielberger /Die Kampfpanzer Leopard und ihre Abarten
  • Zaloga Steven J., & Sarson, Peter / M1 Abrams Main Battle Tank
  • Simon Dunstan, Tony Bryan / Challenger 2 Main Batalha Médio 1987–2006
  • S. Suvorov / Т-90. The first Russian serial tank
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